segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Elementos naturais e elementos artificiais


       Elementos Artificiais são átomos de elementos químicos não encontrados na superfície terrestre e que foram sintetizados, isto é, criados em laboratório.
       Esses elementos possuem número atômico superior a 92, que é o número atômico do Urânio. Por isso foram denominados de elementos transurânicos.
      Isto é possível por meio da fusão, ou colisão e junção, de núcleos atômicos. No entanto, esses elementos são muito instáveis e por isso se desintegram muito rapidamente, em questão de menos de 1 segundo. Isto ocorre porque possuem uma quantidade muito grande de partículas (nêutrons e prótons) no núcleo; assim, isso cria um desequilíbrio e o elemento se desintegra, originando outros núcleos de elementos mais estáveis, que possuem menos partículas no núcleo.
       Em meados do final da década de 1930, a universidade de Berkeley abrigou uma equipe que produziu vários elementos artificiais. Entre os descobertos está o netúnio (símbolo: Np, número atômico (Z) = 93). Ele recebeu esse nome em homenagem ao planeta netuno e foi obtido ao se bombardear um urânio-238, conforme a reação abaixo:
O urânio-238 é bombardeado por um feixe de nêutrons, formando o urânio-239, que se desintegra na formação do netúnio. Este, posteriormente, emite uma partícula beta e se transforma no plutônio.
       O urânio-238 é bombardeado por um feixe de nêutrons, formando o urânio-239, que se desintegra na formação do netúnio. Este, posteriormente, emite uma partícula beta e se transforma no plutônio.
       Outro elemento transurânico que recebeu o nome em homenagem a um planeta, e que foi descoberto no mesmo ano do netúnio (1940), foi o plutônio (Pu, Z= 94).
       Os elementos posteriores ao férmio (Z=100) são chamados de transférmicos.
       Até hoje a IUPAC (União Internacional da Química Pura e Aplicada) só reconheceu oficialmente até o elemento de número atômico 111. Há relatos de outros que foram identificados, como os de número atômico 112, 114, 116, 118 (ununúnio, ununquádio, ununhéxio e ununóctio). Um exemplo de descoberta desse tipo, mas que a IUPAC ainda não reconheceu como tal, por precisar de mais confirmações, ocorreu em fevereiro de 2004, quando uma equipe de russos e norte-americanos disse ter descoberto os elementos de números atômicos 113 e 115 (ununtrium e ununpentium). O de número 113 foi conseguido por meio da colisão do cálcio-48 com o amerício-243. As análises indicaram que possivelmente ele se desintegrou após 10ms, e produziu o 113 que durou apenas 1,2s.

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